Estudantes de Altos participam de projeto sobre Patrimônio e Turismo do Piauí
“Do Sul ao Norte do Piauí: Ocupação, Patrimônio e Turismo” faz parte da disciplina eletiva Nas Trilhas do Piauí, componente do Novo Ensino Médio
Estudantes do Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Rama Boa, de Altos, participam de projeto sobre Patrimônio e Turismo do Piauí. “Do Sul ao Norte do Piauí: Ocupação, Patrimônio e Turismo” faz parte da disciplina eletiva Nas Trilhas do Piauí, componente do Novo Ensino Médio.
O professor Kennedy Justino destaca que esse projeto busca compreender o processo de ocupação do território onde hoje é o Estado do Piauí e sua importância no cenário internacional, pelos legados deixados em suas regiões durante a passagem dos primeiros grupos humano das Américas. Nesse mesmo cenário, conhecer a importância do Patrimônio Histórico para as comunidades, associando suas potencialidades econômicas ao fator histórico ligado às mesmas.
“A gente aborda desde a ocupação do território colocando como princípio a região de São Raimundo Nonato, onde o homem americano além de deixar vestígios nessa região, parece ter uma rota migratória para outras regiões. A gente acaba trazendo também para cidade de Altos, que embora não tenha nenhum tipo de vestígio arqueológico, mas tem marcas históricas presentes na arquitetura dos prédios residências e comerciais que marca o início da parte urbana do município, trazendo assim um estudo arquitetônico”, relata Kennedy.
Altos comemora o centenário em outubro. “Essa arquitetura deixa um legado, uma herança cultural, entretanto, não é bem conservado, porque precisa de uma educação patrimonial e ao mesmo tempo essas iniciativas têm que ser de autoridades públicas junto com a comunidade, que é o levantamento de projeto ou quem sabe chegar até o Iphan, para melhor conservação desse patrimônio que é originário junto com o próprio nascimento da cidade”, completa o professor.
Larissa Silva, aluna do 1º ano C do Ensino Médio, afirma ter achado muito interessante observar a cidade com olhar de pesquisador e ver como está sendo preservado o patrimônio deixado pelos primeiros habitantes de Altos.
“É bem diferente de fazer uma pesquisa on-line e pensar coisas de lugares distantes que a gente pode pesquisar aqui no nosso município. Percebi durante a nossa caminhada a falta de sensibilidade das pessoas em não querem preservar a herança que foi deixada pelos nossos ancestrais. É muito raro a gente encontrar casas que vão ter o mesmo estilo de séculos atrás ou alguns detalhes como as portas agora foram substituídas por portões, não tem mais varandas só tem muros. Isso não é errado, mas assim dentro de um limite, porque as pessoas fazem no sentido meio de apagar a história, não deixam mais nenhum resquício de coisas antigas”, finaliza a estudante.
Fonte: CCom