Equipe de elaboração do Projeto Pilares II promove terceira reunião com movimentos sociais
A reunião virtual teve como objetivo dar prosseguimento ao diálogo do governo com a sociedade civil organizada e foi acompanhada pelos consultores do Banco Mundial
Foi realizado, nessa quinta-feira (1), o terceiro encontro com os representantes de organismos da sociedade civil ligados à área ambiental e fundiária no Piauí para apresentação e debate do Projeto Pilares do Crescimento e da Inclusão Social II, cofinanciado pelo Banco Mundial.
A reunião virtual foi promovida pelo conjunto de organismos governamentais do Estado que participarão da implantação do Projeto Pilares II (Interpi, SAF, Semar e Seplan), com objetivo de fortalecer o diálogo com as organizações e movimentos sociais.
O Projeto Pilares II terá duração de 5 anos, com previsão de início no segundo semestre de 2023, estando em fase de negociação e detalhamento técnico, razão essa que diversos setores da sociedade vêm sendo ouvidos e consultados. O Projeto deverá ainda realizar uma consulta pública antecedente à sua implantação.
Na reunião, Célio de Sousa Pitanga, diretor de Operações Externas da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), relembrou que já foram realizados outros dois encontros com o mesmo fim de discussão técnica com o movimento social, tendo sido o primeiro em 11 de agosto do ano passado e o segundo em 30 de junho deste ano.
O assentado Josiel Pereira, do assentamento Che Guevara, no município de Palmeirais, destacou o reconhecimento da comunidade ao projeto, “primeiro, porque ele beneficia quem realmente precisa. Nosso Assentamento foi contemplado, na primeira fase, com um projeto de ovinos, que foi uma experiência muito boa, muito bem implantado e bem acompanhado e acredito que a forma como foi implantado aqui para nós, deve ter sido para as outras comunidades. Então, é um projeto que de fato vem pra ajudar a melhorar a vida das pessoas do campo, como eu disse, para quem mais precisa”.
Josiel Pereira, que também é da direção regional do MST, disse ainda que acredita que o Piauí tem tudo para fazer um projeto com maior êxito ainda no ano que vem, acredita que será um cenário positivo para políticas públicas voltadas para os pequenos agricultores. “Levando em consideração que nós temos hoje um cenário melhor pra trabalhar as políticas públicas em nível de Estado e teremos agora, a nível federal, um governo federal também ligado aos trabalhadores e sensível às questões sociais”, declarou.
Outros representantes das entidades convidadas abordaram a temática de assistência técnica durante a execução do projeto, acentuando a necessidade de garantir uma maior atenção e acompanhamento continuado.
Daluz Fonseca, do Centro de Educação Ambiental e Assessoria, de Piracuruca, falou que considera positiva a duração de pelo menos 5 anos para um projeto, uma vez que, na sua avaliação, um projeto de um ou dois anos apenas não consegue ter um resultado positivo. “Quando a gente vai começando a produzir, termina o projeto. Então, quando você fala em 5 anos, isso dá uma estabilidade maior para se alcançar os bons resultados desejados”.
Fonte: CCom