Sesapi reforça orientações para população e municípios combaterem a Dengue
Até a 6ª semana epidemiológica, a redução de casos é de 17,5% em relação ao mesmo período de 2023
Mesmo com a redução de casos de dengue e chikungunya no estado, a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) reforça a orientação para que a população e gestores municipais intensifique a prevenção contra a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, agente transmissor da doença. Até a 6ª semana epidemiológica, a redução de casos é de 17,5% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 458 notificações no ano passado, contra 285 no mesmo período deste ano.
“Estamos em um período de chuva e o mosquito se reproduz em reservatórios com água. A população deve ter cuidado com seus ambientes domiciliares, não deixando criadouros para a reprodução do mosquito”, frisa Ocimar Alencar, supervisor de entomologia da Sesapi.
Além disso, as Secretarias Municipais de Saúde de todo o estado devem manter atualizado o registro dos casos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), para que a Sesapi consiga monitorar a situação e estabelecer ações nos municípios.
"É importante que os municípios notifiquem e registrem todos os casos no Sinan, para que a Sesapi possa visualizar rapidamente. Estamos monitorando a ocorrência dos casos, mas só conseguimos ver se os municípios notificarem os casos", reforça o supervisor.
Sintomas da doença
A infecção por dengue pode ser assintomática ou apresentar quadro leve em alguns casos. Mesmo assim, é muito importante a população ficar atenta aos sinais, pois a doença pode evoluir rapidamente de um quadro leve para um quadro mais grave.
Os principais sintomas da dengue são febre, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo, dor abdominal intensa, vômitos, letargia ou irritabilidade.
Amélia Costa, coordenadora de epidemiologia da Sesapi, enfatiza que apesar de crianças apresentarem geralmente quadros assintomáticos da doença, pais e/ou responsáveis devem ficar atento aos sinais mais comuns da doença.
“Geralmente é um quadro assintomático apresentado, mas temos que ficar atentos para as dores no corpo e febre que dura de dois a sete dias. Elas costumam ficar apáticas e sonolentas. Uma das identificações são os exantema, as marchinhas no corpo”, informou a coordenadora.
Tratamento
Caso seja identificado algum sintoma da doença, a recomendação é procurar por uma unidade de saúde para realizar todos os procedimentos necessários. O médico identificará os sinais a partir de uma pesquisa com o próprio paciente e seguirá o protocolo oficial, que podem incluir exames laboratoriais.
Para os casos leves, a recomendação é repouso, enquanto durar a febre; hidratação (ingestão de líquidos); administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre; e não administração de ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.
É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado.
Fonte: Sesapi