NMDER e Ceir adotam plataforma com intérprete de Libras para atendimentos a pacientes surdos
Além das atividades práticas, os participantes receberam material didático para reforçar o aprendizado
Para ampliar a acessibilidade, pacientes, familiares e colaboradores surdos passam a contar com intérprete de Libras nos atendimentos realizados no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) e na Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER). A iniciativa foi viabilizada após implementação da Plataforma de Atendimento em Língua de Sinais – ICOM, que assegura maior inclusão e autonomia às pessoas com deficiência.
De forma simples e prática, a comunicação ocorre por meio de videochamada, na qual um intérprete de Libras traduz em tempo real a fala do paciente para o profissional de saúde e vice-versa.

Para a superintendente multiprofissional da Associação Reabilitar, Liceana Pádua, o serviço reforça o compromisso da instituição com a acessibilidade em todas as unidades administradas. “Garantir autonomia às pessoas surdas e possibilitar uma comunicação qualificada com os profissionais de saúde é assegurar um direito essencial da pessoa com deficiência. Com a plataforma, o paciente se conecta com um intérprete desde a recepção até a consulta, conquistando mais independência. Esse é um dever nosso e estamos felizes em dar esse primeiro passo”, destacou.
O paciente Marcos Patrício, que faz acompanhamento na Reabilitação Auditiva do Ceir e é presidente da Associação dos Surdos de Teresina (ASTE), também ressaltou a importância da iniciativa. “Existem pessoas surdas que têm dificuldade na leitura e não conseguem levar um profissional de Libras consigo. Muitas vezes dependem de familiares ou gestos, o que nem sempre transmite a real intenção da fala. Parcerias como essa geram mais independência e inclusão para a pessoa surda”, avaliou.
Além da plataforma, colaboradores da NMDER e Ceir participaram de um curso básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras) no primeiro semestre deste ano. A primeira turma contou com 40 profissionais e o curso teve duração de três meses, totalizando 60 horas. As aulas foram realizadas por profissionais do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS Piauí), vinculado à Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Além das atividades práticas, os participantes receberam material didático para reforçar o aprendizado.
Fonte: Sesapi