Em 2025, a Secretaria da Fazenda do Piauí (Sefaz-PI) já identificou mais de 17 mil contribuintes com divergências em suas declarações, envolvendo cerca de R$ 340 milhões em ICMS. O setor de inteligência da Sefaz descobriu, ainda, cerca de mil empresas em todo o estado utilizando máquinas de pagamento em nome de terceiros, prática que gerou um prejuízo tributário estimado em R$ 300 milhões, com impacto de aproximadamente R$ 40 milhões em ICMS.

O resultado faz parte da ampliação da inteligência fiscal, que agora conta com novas malhas de fiscalização e operações presenciais para reforçar o controle tributário e garantir maior transparência nas informações prestadas pelos contribuintes.

Entre as novidades, destacam-se as malhas que utilizam dados da Declaração de Informações de Meios de Pagamentos (DIMP), fornecidos pelas instituições de pagamento. Esse cruzamento permite identificar indícios de omissão de receita, quando o faturamento declarado pelo contribuinte (seja em documentos fiscais ou na declaração do Simples Nacional) é inferior às movimentações financeiras realizadas.

Somente nessa malha, já foram identificados mais de 17 mil contribuintes, entre correntistas e optantes do Simples Nacional, correspondendo a cerca de R$ 340 milhões em ICMS ao Estado. Nesta primeira etapa, todos os contribuintes podem consultar as divergências detectadas e regularizar voluntariamente sua situação, seja por meio de retificações ou de declaração complementar, antes do início da ação fiscal.

Ainda neste ano, a Sefaz-PI deflagrou a 2ª fase da Operação Receita Transparente, realizada na região norte do estado. A ação teve como foco o uso irregular de máquinas de cartão de crédito e débito em estabelecimentos dos setores de bares, restaurantes, vestuário e mercados. Foram vistoriados estabelecimentos em oito municípios: José de Freitas, Altos, Campo Maior, Barras, Esperantina, Piripiri, Piracuruca e Pedro II.

O setor de inteligência da Sefaz identificou cerca de mil empresas em todo o estado utilizando máquinas de pagamento em nome de terceiros, prática que gerou um prejuízo tributário estimado em R$ 300 milhões, com impacto de aproximadamente R$ 40 milhões em ICMS.

Segundo o gerente de Fiscalização de Empresas da Unidade de Fiscalização de Empresas (Unifis), André Franco, o uso intensivo de tecnologia tem permitido uma atuação mais estratégica e eficiente na identificação de inconsistências e omissão de receita. “Nosso objetivo é garantir que todos cumpram suas obrigações e que o ambiente tributário seja cada vez mais justo”, finalizou o gerente.